Cerca de 500 hectares de terra acabam de ser solicitados ao Governo moçambicano por um grupo de investidores portugueses interessados na criação de frangos, gabo bovino e montagem de uma fábrica de ração para galinácios e ruminantes no distrito da Manhiça, província do Maputo.
A informação foi transmitida por Artur Chindandali, administrador do distrito da Manhiça, que estimou, entretanto, em pouco mais de cinco milhões de euros, aproximadamente 194 milhões de meticais, o valor do investimento a ser aplicado naquele projecto.
O arranque do projecto estava, inicialmente, previsto para 2012, mas acabou sendo adiado para meados de 2013 por alegados “atrasos nas negociações com instituições bancárias para o financiamento do projecto”, segundo ainda Artur Chindandali.
Ele acrescentou que está já garantida a concessão de 250 hectares da área solicitada por investidores portugueses, enquanto o espaço em falta vai ser objecto de consultas junto da população local para que “a solução seja benéfica para todas as partes envolvidas”.
A fábrica deverá ser apetrechada de equipamento moderno e com padrões internacionalmente aceites de forma a “melhor enfrentarmos a concorrência do frango brasileiro e da África do Sul”.
A iniciativa visa minimizar a carência de ração na região Sul de Moçambique e reduzir a sua importação, segundo ainda Chindandali, que considerou a construção da fábrica e criação de gados bovino, caprino e galinhas na Manhiça como contribuindo para a geração de mais postos de trabalho naquela região da província do Maputo.