Portugal deverá deixar de financiar alguns projectos de desenvolvimento socioeconómico em Moçambique a partir deste semestre, na sequência do to da crise da dívida soberana que atravessa e que afecta outros países da Zona Euro.
Esta hipótese foi deixada clara pelo embaixador de Portugal em Moçambique, Mário Godinho de Matos, em declarações em exclusivo ao jornal Correio da manhã.
No entanto, o diplomata luso em Maputo referiu que Portugal vai manter o seu apoio a programas aprovados até 2010 e com duração até 2014, como forma de “honrar com to- dos os compromissos já acordados, dando conti- nuidade aos projectos já em curso”.
Mário Godinho de Matos nomeou as áreas de Educação, Ensino Técni- co-Profissional, Energias Renováveis, cujos acordos já foram firmados e a sua execução se prolongará até 2014, como as que continuarão a ser financiadas.
Igualmente a construção e reabilitação de estradas e pontes, na zona Centro do país, para permitir maior integração de Moçambique na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e facilitar o escoamento de carvão mineral de Tete para o mercado internacional constam da vasta gama de projectos que deverão continuar a beneficiar do apoio do Go- verno português até aquele período.
O embaixador Mário Go- dinho de Matos assegurou ainda que as relações económicas entre Moçambique e Portugal “atingiram um nível de desenvolvimento, por isso, por enquanto, não vão ser abaladas pelas crises que afectam profundamente Portugal”.