A empresa concessionaria gestora do Porto da Beira, nomeadamente a Cornelder de Moçambique, reafirma possuir todos os procedimentos instituídos operacionais para segurança de recintos portuários, pressuposto fundamental para a confiabilidade por parte dos utentes/ clientes.
De acordo com Félix Jaime Machado, Chefe de Marketing e Vendas da Cornelder de Moçambique, o Porto da Beira, na Província de Sofala, Centro do País, dispõem de todos os procedimentos instituídos de controlo sobretudo de saída de carga, e garantiu que os mesmos tem sido rigorosamente observados.
Mesmo reconhecendo que segurança é uma questão sempre difícil de concretizar, Machado afirmou “podemos dizer que estamos a cem por cento” e, embora assim, anotou que, normalmente, cada dia que passa, “temos tomado medidas adicionais de precaução”.
Acrescentou, enfatizando que há bastante tempo que não acontecem casos de roubo no Porto da Beira. “Esporadicamente existem aqueles casos de roubo de um saco ou dois sacos, mas não de uma envergadura de saída de um camião” – assinalou.
O Chefe de Marketing e Vendas da Cornelder de Moçambique fez esses pronunciamentos ao nosso jornal em reacção a informações postas a circular por certa imprensa na Beira e Maputo, indicando a apreensão pelas autoridades policiais no Distrito de Moatize, Província de Tete, de um camião com seiscentos sacos de fertilizantes alegadamente roubados no Porto da Beira. Félix Machado negou que a carga apreendida tenha sido roubada no Porto da Beira, como alguma entidade e imprensa deram a entender.
“Dizer que esta carga não foi roubada no Porto da Beira, mas sim entre o Porto da Beira e os armazéns exteriores da Cidade da Beira” – afirmou Machado, exibindo justificativos que confirmam que a carga saiu legalmente, ou seja, com toda documentação requerida para saída do recinto portuário.
A fonte explicou que o roubo ocorreu posterior a saída do recinto portuário, tendo a carga sido desviada no trajecto em direcção ao armazém pertencente ao agente a quem a mesma fora confiada, neste caso a Mocargo. “Foi com grande tristeza que vimos nos órgãos de informação que a carga foi roubada no Porto da Beira.
É muito triste porque se trata de uma informação negativa que os outros portos podem capitalizar” – lamentou, receando que a mesma informação possa aparecer na mídia internacional, o que considera seria muito perigoso para aquilo que tem sido o trabalho que a Cornelder de Moçambique tem vindo a desenvolver nos últimos anos, na vertente promoção do Porto da Beira por forma a atrair mais carga.
“Gostaria dizer que os órgãos de informação tem o direito de transmitir as informações que tem, mas achamos também que o público tem o direito de consumir informação correcta” – atacou.
Félix Machado lamentou ainda o facto de a Cornelder de Moçambique, entanto que entidade gestora do Porto da Beira, não ter sido contactada por nenhum órgão de informação sobre este caso, tendo simplesmente sido surpreendida pela televisão e jornais.
Refira-se que o Porto da Beira, mesmo com os problemas de assoreamento que enfrenta, tem conseguido assegurar a satisfação dos interesses dos exportadores e importadores nacionais e da região, sobretudo dos países do interior nomeadamente Zimbabué, Malawi, Zâmbia, Botswana e República Democrática do Congo.
O Porto da Beira praticamente representa o “coração” da economia da Região Centro do País e dos países que dele dependem para realizarem suas operações de comércio internacional.