Muitos elementos da população de Muecate, na província de Nampula, insurgiram-se contra o governo por ter desembolsado montantes avultados de dinheiro para a construção de um centro prisional em vez de investir no apoio à criação de unidades geradoras de postos de emprego para grande parte de jovens que residem naquele distrito.
A inquietação foi apresentada no comício popular orientado pelo governador da província de Nampula Felismino Tocoli, durante o qual foram, igualmente, apresentadas outras reclamações relacionadas com a excessiva burocracia que envolve o acesso ao Orçamento de Investimento de Iniciativa Local, e, consequentemente, dificulta o processo da promoção de auto emprego.
Achamos que não se justifica a construção de um centro prisional do género num distrito onde os níveis de criminalidade são baixos. Disse, agastado, um popular ao governador da província. Em resposta à inquietação, o governador Felismino Tocoli afirmou a infraestrutura em causa não será apenas para acolher reclusos condenados do distrito de Muecate, mas, também, para acomodar reclusos provenientes de distritos circunvizinhos.
Pretendemos que os centros prisionais sirvam, simultaneamente, de centros de regeneração e formação para que, depois de cumprirem as suas penas, os reclusos não tenham dificuldades em reintegraram-se na sociedade. Sublinhou Tocoli. Informações colhidas no terreno referem que a construção de raiz do estabelecimento prisional em causa infra- estrutura de raiz está orçada em 10.200 milhões de meticais financiados pelo governo moçambicano e de outros parceiros de cooperação.
Constituído por quatro blocos, um dos quais destinado ao sector administrativo, terá uma capacidade instalada para duzentas camas distribuídas de acordo com as idades dos reclusos e respectivos tipos de crime. A conclusão das obras, que estão a cargo da empresa Armindo Gonçalves, está aprazada para Outubro próximo.