A capital de Serra Leoa ficou “estranhamente silenciosa” nesta sexta-feira, depois que o governo ordenou que as pessoas não saiam de casa por três dias enquanto voluntários de serviços de saúde espalhados pela cidade e arredores procuram pessoas com Ébola que estejam escondidas.
A Serra Leoa, o país mais afetado pela doença, informou cerca de 12.000 casos e mais de 3.000 mortes desde que a epidemia foi declarada, um ano atrás. Os bairro de lata ao redor da capital Freetown estão entre as áreas mais atingidas. O número de casos caiu de um pico de mais de 500 por semana em dezembro para 33 na semana encerrada em 22 de Março, na maioria registrados na capital e perto da fronteira norte com a Guiné, que também ainda está combatendo a epidemia.
“Há relatos de complacência com a lavagem das mãos e checagem de temperatura, e esta é uma oportunidade para a sensibilização e para haver mais acção na busca de casos”, disse John Fleming, coordenador da área emergencial de saúde da Cruz Vermelha, falando de Freetown à Reuters, por telefone.
Numa indicação de que os moradores estão cooperando com a campanha, Fleming disse que as ruas da normalmente movimentada comunidade pesqueira de Aberdeen, na capital, ficaram “estranhamente silenciosas” na manhã desta sexta-feira.
Funcionários definiram um bloqueio anterior em Setembro como um sucesso, ajudando a identificar mais de 100 novos casos, embora algumas instituições beneficentes critiquem a campanha por ser demasiado pesada.
O Centro de Resposta Nacional ao Ébola, de Serra Leoa, disse que os moradores serão autorizados a sair para as orações muçulmanas nesta sexta-feira e para o culto cristão no domingo.