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Polícia usa gás lacrimogénio e balas reais para dispersar manifestantes

Polícia usa gás lacrimogénio e balas reais para dispersar manifestantes

O nosso repórter e Chefe da Redaccao, Rui Lamarques, acaba de nos enviar um despacho, via telemóvel, reportando directamente do Xiquelene, onde ele e várias pessoas foram vítimas do gás lacrimogéneo dos agentes policiais, que também disparam balas verdadeiras. De acordo com Rui Lamarques, que nos falou bastante ofegante e com a voz trémula, contam os que o socorreram que ele perdeu os sentidos por pelo menos dez minutos, mas só recuperou completamente após trinta minutos, após ser atingido na vista e inalar o gás lacrimogéneo disparado pela polícia.

O nosso repórter encontrava-se à beira da estrada, a reportar a situacao, quando foi colhido pelos disparos de gás lacrimogéneo e de balas verdadeiras – segundo ele mesmo conta -, as quais feriram um popular no braco. Lamarques reporta que nao só ele como também vários populares perderam os sentidos por pelo menos 15 minutos, sob efeitos do gás lacrimogéneo disparado indiscriminadamente para todo o lado pela polícia cuja missao é proteger os cidadaos.

O nosso repórter, neste momento o único nas zonas-foco de tensao, depois que o nosso Director Editorial Joao Vaz de Almada foi testemunha ocular da tensao em outro dos bairros periféricos de Maputo e os repórteres Félix Felipe e Miguel Mangueze (fotográfico) testemunharam os tumultos ao caminharem 15 quilómetros a pé do bairro de Magoanine até a Redaccao do Jornal @Verdade, bairro da Polana-Cimento B. Rui Lamarques continua, na nobre e arriscada missao de trazer @Verdade, a embrenhar-se pelos becos do Xiquelene, de onde promete trazer-nos mais dados.

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