Centenas de policiais começaram a retirar manifestantes do coração do distrito financeiro de Hong Kong no início da quarta-feira (2), enquanto eles tentavam realizar uma paralisação depois de um protesto para exigir mais democracia.
A marcha pró-democracia, que os organizadores disseram ter atraído mais de 510 mil pessoas, e a paralisação subsequente realizada principalmente por grupos de estudantes podem transformar-se no maior desafio ao controle do Partido Comunista chinês em mais de uma década.
A polícia cercou os manifestantes que se sentaram em Chater Road, perto do edifício do Conselho Legislativo da cidade, alertando que a reunião deles “não tinha autorização” e que usaria a força para retirá-los se for necessário.
“Tenho direito de protestar, não precisamos de permissão da polícia”, entoou a multidão sentada sob o calor sufocante e a humidade do verão de Hong Kong. A manifestação ameaçou interromper o tráfego no centro do distrito comercial, já que as pessoas voltavam ao trabalho depois de um feriado na terça-feira para marcar o 17º aniversário da devolução de Hong Kong à China.
Os manifestantes exigem mais democracia nas eleições para o líder da cidade, ou chefe-executivo, em 2017. Eles querem que as indicações sejam abertas a todos. Já os líderes chineses querem que somente candidatos pró-Pequim estejam nas cédulas.