Quatro cidadãos identificados pelos nomes de Hermenegildo Elias, Cremildo Xavier, Mário Durão e Miguel Carlos, com idades que variam de 26 a 34 anos, encontram-se presos, desde o passado domingo (19), na província de Manica, acusados de burla e clonagem de cartões bancários.
Os visados, surpreendidos na posse de pelo menos 46 cartões sem fundo, a que supostamente recorriam para aldrabar os clientes de diversos bancos, encontram-se privados de liberdade no Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Manica.
Um dos detidos, que reponde pelo nome de Hermenegildo Elias, admitiu durante o interrogatório policial que aldrabava as suas vítimas nas caixas automáticas, vulgo ATM’s. Os alvos eram pessoas que não sabiam usar as tais máquinas. De acordo com a PRM, os actos eram perpetrados na cidade de Chimoio e nas províncias de Sofala e Tete, o que leva a crer que a quadrilha actuava há bastante tempo.
De acordo com o jovem, por sinal um dos mais novos do grupo, as vítimas eram identificadas e “oferecíamo-nos para ajudar, obtínhamos o código e trocávamos os cartões. Ficávamos com o cartão do cliente e este levava o nosso para mais tarde efectuarmos o levantamento ou a transferência do dinheiro”.
Segundo apurámos, uma das vítimas da quadrilha perdeu mais de 67 mil meticais. Num certo fim-de-semana, o cidadão fez-se a um ATM para levantar uma parte do seu dinheiro, tendo recorrido à ajuda de um dos burladores.
Durante a operação, o cartão do cidadão ficou retido na caixa automática e sem alternativa de obter o valor regressou à sua casa, sem também imaginar que acabava de cair numa aldrabice. Numa segunda-feira, ele aproximou-se a uma agências para obter um novo cartão, mas para o seu espanto e desespero foi informado de que o dinheiro tinha sido todo drenado para uma outra contra.
O elemento da quadrilha a que acima nos referimos, esclareceu que mal se trocava os cartões havia uma insistência em levantar o dinheiro com um cartão que não pertencia à vítima, com a senha errada, e, consequentemente, ficava retido. O passo a seguir era usar o cartão do cliente, uma vez já decorado o código, para levantar todo o fundo.
A Polícia já estava no encalço do grupo em resultado de várias pessoas burladas terem apresentado queixas.