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Pobreza passará para a história em Moçambique

O Presidente da República e do Partido Frelimo, Armando Emílio Guebuza, declarou, durante a presidência aberta em Sofala, semana passada, que mais dias menos dias a pobreza passará para a história em Moçambique.

Armando Guebuza orientou em Sofala quatro comícios populares em igual número de localidades dos distritos do Búzi, Maríngué, Cheringoma e Marromeu. Nesses comícios, o presidente instou a população naqueles distritos a se emprenhar no trabalho, justificando tratar-se de única via para os moçambicanos vencerem a pobreza.

“A pobreza vai chegar ao fim um dia em Moçambique” – afirmou Guebuza, para quem cada um dos moçambicanos deve se esforçar cada vez mais para passar esse fenómeno social para a história.

Armando Guebuza disse a população de Sofala que a pobreza não pode ser vista como sendo um bicho de sete cabeças, mas sim como uma batalha a ser vencida através da entrega ao trabalho, aumento da produção e da produtividade.

Enfatizando, o Presidente da República referiu que os moçambicanos já deram provas suficientes de que são capazes de ultrapassar os obstáculos que minam o seu desenvolvimento, afirmando que já “vencemos” outras batalhas mais difíceis, nomeadamente a superação da dominação colonial e o fim da guerra civil no país.

O discurso de Guebuza viria a ser compensado com as quarenta intervenções populares que marcaram a presidência aberta em Sofala. Em cada localidade onde o presidente se reuniu com a população deu oportunidade a dez cidadãos para apresentarem as suas preocupações e sugestões.

Aliás, essa tem sido a principal marca que caracteriza as presidências abertas promovidas por Armando Emílio Guebuza desde que se tornou Chefe do Estado. Ao dar oportunidade as populações apresentarem seus problemas e sugestões, Guebuza tem justificado o objectivo das presidências abertas é buscar ensinamentos da população para melhorar a governação do país.

A maioria das intervenções da população de Sofala focalizou elogios ao governo e ao partido Frelimo pelo trabalho que vêem sendo desenvolvido para o bem estar dos cidadãos.

A população de Sofala disse a Armando Guebuza que está bastante satisfeita com o governo da Frelimo, argumentando o entusiasmo pelo facto de todas as preocupações que tem apresentado ao governo e ao partido Frelimo tem tido resposta positiva imediata.

“Se pedimos hospital num determinado lugar o governo da Frelimo nos dá; se pedimos escola ou furo de água o governo da Frelimo também nos dá” – afirmou um interveniente popular em Bándua, uma localidade do distrito do Búzi, para quem a população daquela região praticamente já não tem nada a exigir ao governo.

Alguns analistas que comentaram ao nosso jornal a manifestação da população de Bandua, de centrar as suas intervenções referindo-se as realizações do governo, consideraram aquilo como sendo uma oportunidade perdida para apresentar os seus problemas ao Chefe do Estado; mas outros defenderam se realmente não existem problemas não se pode estimular a população a inventar problemas.

Duas grandes exigências que aquela população apresentou ao Presidente da República tem a ver com a necessidade de melhoria das vias de acesso principalmente para facilitar o escoamento da produção e o alargamento da rede de telefonia móvel.

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