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Pio Matos ataca justica

Nos últimos tempos, a criminalidade tem sido motivo de debate no seio dos munícipes, visto que enquanto a Polícia da República de Moçambique (PRM), vem com estatística dizendo que os índices tendem a baixar, nos bairros periféricos da cidade de Quelimane, o cenário é totalmente contrário.

Não há bairro nenhum na cidade de Quelimane, onde por cada dia de semana não se regista assalto a mão armada. Ora são arrombamentos de casas, ora são assaltos a pessoas na via pública, enfim, nota-se claramente que a cidade paulatinamente está sendo tomada pelos amigos do alheio, perante cidadãos indefesos que vê na polícia como protecção, mas em contrapartida, esta mesma polícia por vezes não corresponde com as expectativas da população.

É dai que Pio Matos, presidente do Concelho Municipal de Quelimane (CMQ), não tem escondido a sua mágoa, quer com a PRM assim com os órgãos da justiça neste país e em particular com os que estão na província da Zambézia.

E este sábado em plenas festividades dos 68 anos de elevação de Quelimane a categoria de cidade, Matos, veio ao de cima e sem reservas diz não vê com bons olhos a maneira como são tratados os casos de criminosos que a população, neste caso os munícipes apresentam junto da PRM e dai seguindo aos órgãos de Justiça.

A título de exemplo, o edil de Quelimane disse em muitos casos os malfeitores são soltos pela polícia com argumento de que não há provas. Isto na óptica do edil de Quelimane, mostra claramente que o sistema de justiça não é aquele que se deseja pelos cidadãos.

Num outro passo, Matos virou as suas críticas aos órgãos da justiça que muitas ocasiões, deixam os malfeitores em troca de uma caução. O edil diz não perceber o porquê de se soltar um malfeitor que matou por exemplo, só porque pagou dinheiro.

Falando em língua local chuabo, Pio Matos, questionou se também quando se mata alguém a caução é valida. “Não sei como funcionam os nossos órgãos de justiça, alguém mata e depois sai dizendo que pagou dinheiro de caução. Será que a vida de uma pessoa compra-se”-questionou o edil, que seguidamente foi ovacionado pelos presentes naquele pavilhão do Benfica que quase rebentava pelas costelas.

Refira-se que um pouco pela cidade, há registos de roubo. E não só, nas principais artérias da cidade de Quelimane, mesmo a luz do dia, cidadãos indefesos são assaltados seus bens com grupos de malfeitores e a polícia bem conhece as redes destes criminosos, mas não age.

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