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Pintura de solidariedade!

Alguns artistas plásticos moçambicanos, muitos dos quais agremiados à Associação Núcleo de Arte, inventaram, recentemente, um tempo para a partir de bicicletas gerar obras de arte para leilão. Os dividendos a obter desta iniciativa serão aplicados em acções de assistência a pessoas e instituições desfavorecidas e na aquisição de 150 bicicletas para as zonas rurais onde há problemas de transporte.

Paint For The People (ou simplesmente, Pintar Pela Humanidade) é como se chama o projecto, ao abrigo do qual, nos dias 25 e 26 de Agosto, 22 artistas pintaram igual número de bicicletas. Estas estarão em leilão durante 30 dias.

Na verdade, Paint For The People visa colocar a cultura ao serviço do desenvolvimento social, dinamiz­á-la e expor o artista moçambicano ao mundo.

Em conversa com a nossa reportagem, Lauren Thomas, mentora da iniciativa e directora da empresa Mozambikes, considerou que conferir aquele aspecto artístico às bicicletas, por meio da pintura, para a realização da mostra é forma de valorizar as artes plásticas em Moçambique, incluindo os seus fazedores na arena internacional.

Por essa razão, o objectivo do Mozambikes é tornar os artistas verdadeiros embaixadores da solidariedade em relação às pessoas mais carenciadas, em particular para as que vivem em localidades onde para se ter acesso a água potável é preciso fazer longos percursos. Lauren Thomas espera que esta iniciativa catapulte as artes plásticas nacionais ao mercado internacional, levando consigo a mensagem de combate à pobreza.

Tiger Matimula, artista plástico que também participa da iniciativa, considera a mulher sua fonte de inspiração para a produção artística. E justifica: a mulher simboliza a esperança.

Mutimula vai expor a obra “A penetração do novo mundo”, a qual está “além das necessidades porque tenta resgatar nos homens a dura realidade das mulheres rurais que percorrem longas distâncias”. Esta actividade, a partir da bicicleta com pinturas enaltecendo a mulher, permitirá fazer um estudo profundo da realidade das sociedades e tornar o homem mais solidário em qualquer canto do mundo.

“A mulher é uma alavanca capaz de mudar o rumo da situação precária em que as sociedades contemporâneas se encontram, invocando os valores da solidariedade, fraternidade e irmandade”, considera Mutimula.

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