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Petróleo dispara em Nova York e Londres

Os preços do petróleo voltaram a subir nesta quinta-feira em Nova York e Londres, sob o impulso do comportamento das Bolsas e do enfraquecimento do dólar. No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de ‘light sweet’ para entrega em setembro ganhou 3,57 dólares em relação ao pregão de quarta-feira, fechando a 66,92 dólares.

Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento subiu 3,58 dólares, encerrando a 70,11 dólares. Assim, os preços “recuperaram as perdas registradas” na véspera, observou o analista independente Ellis Eckland. O barril registrou uma queda de 3,88 dólares na quarta-feira, em reação a um aumento inesperado dos estoques de petróleo nos Estados Unidos. Na sessão de hoje, os preços “foram sustentados pelas Bolsas, em forte alta, e o enfraquecimento do dólar”, explicou o analista.

Com Wall Street atingindo durante a sessão seus níveis mais altos desde novembro do ano passado, os operadores do petróleo estão mais otimistas quanto à evolução da situação econômica. A disparada das Bolsas também significa a entrada de liquidez que pode ser investida em matérias-primas. O recuo da moeda americana torna o ouro negro mais atraente para os investidores que possuem outras divisas. “A situação dos estoques (nos Estados Unidos) não é tão boa (para os preços) e as pessoas estão preocupadas com os próximos meses, porque a demanda costuma cair depois do verão (no hemisfério norte)”, alertou, no entanto, Eckland.

Para Phil Flynn, da PFG Best Research, as estatísticas sobre as reservas petrolíferas americanas revelaram “um aumento incrível da oferta e uma tendência perturbadora à fraqueza da demanda”. Nas quatro últimas semanas, o consumo de produtos petrolíferos nos Estados Unidos se manteve 4,1% abaixo do nível registrado no mesmo período do ano passado. “A demanda de gasolina é mais fraca este ano do que em 2008”, constatou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, destacando que as reservas continuam elevadas neste período tradicionalmente marcado por um forte consumo nos Estados Unidos.

“Além disso, os estoques de destilados continuam aumentando, o que significa que vamos começar o inverno com estoques extremamente altos”, acrescentou.

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