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Petróleo cai a 60 dólares

O preço do petróleo seguiu em queda esta quarta-feira no mercado de Nova York, após um forte aumento das reservas de produtos derivados americanas, o que fez o mercado recordar a debilidade da demanda. No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate (“light sweet crude”) para entrega em agosto fechou a 60,14 dólares, em queda de 2,79 dólares em relação ao fechamento de terça-feira.

Esta foi a sexta sessão consecutiva em baixa, o que traz uma queda acumulada de 11 dólares ou cerca de 16%. Próximo ao final do pregão, o barril desceu a 60,01 dólares, raspando um valor que não atingia desde 26 de maio passado. Em Londres, no InterContinentalExchange, o barril do Brent do Mar do Norte com o mesmo vencimento perdeu 2,80 dólares, a 60,43 dólares, após cair a 60,30 dólares durante o pregão.

Os operadores reagiram às estatísticas semanais do departamento de Energia dos Estados Unidos, que revelaram um forte aumento das reservas de produtos petroleiros na semana passada. “É uma nova semana preocupante”, comentou Nic Brown, da Natixis. “Apesar das reservas de petróleo baixarem, o fenômeno é mais que compensado pelo aumento dos estoques da maioria dos produtos refinados”. As reservas de petróleo estão acima de seu nível de fevereiro, “quando os preços chegaram a seus níveis mais baixos, logo acima dos 30 dólares”, destacou o analista.

As reservas de petróleo caíram pela quinta semana consecutiva, em 2,9 milhões de barris, a 347,3 millones, mas as da gasolina subiram 1,9 milhão de barris na semana encerrada em 3 de julho, a 213,1 milhões de barris, quando os analistas esperavam uma alta de apenas 900 mil barris. As reservas de outros produtos derivados, entre eles diesel e combustível de calefação, registraron um novo aumento espetacular, de 3,7 milhões de barris, a 158,7 milhões.

“Os estoques de produtos refinados seguem crescendo devido a uma demanda débil”, observaram analistas do Morgan Stanley. “O mercado parece ter perdido toda a esperança em uma recuperação econômica próxima”, comentou Phil Flynn, da PFG Best Research.

Já a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reviu por baixo suas previsões de demanda mundial a médio e longo prazo devido à crise econômica. Os dirigentes do G8, reunidos na Itália, estimaram que o preço justo do petróleo deve ficar entre 70 e 80 dólares o barril.

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