Diversos projectos de investimento em implementação em Moçambique ao longo dos últimos oito anos têm como peso nas exportações acima de 25% do Produto Interno Bruto (PIB). Os mesmos investimentos criaram cerca de um milhão e 120 mil novos postos de trabalho e geraram um índice de 0,5% do PIB em termos do crescimento anual de receitas do Estado, para além de estarem a contribuir para o país alcançar 7% de taxa anual de crescimento do PIB, segundo Aiuba Cuereneia, ministro da Planificação e Desenvolvimento (MPD).
Do número global de novos postos de trabalho gerados, o sector mineiro emprega pouco mais de 180.300 assalariados, enquanto a área dos hidrocarbonetos contribui com 1870 trabalhadores, de acordo ainda com Cuereneia, realçando que os investimentos em curso em Moçambique permitem também desenvolver ligações empresariais entre os projectos de grande dimensão e as empresas nacionais.
Permitem igualmente desenvolver novas infraestruturas de transporte de energia, linha-férrea, terminais portuárias, hotéis, condomínios, bem como o aumento do número de voos entre Maputo e algumas cidades como Tete, Nampula, Beira, Pemba e Vilankulo.
Investimento recebido
Na área agrária, Moçambique recebeu um volume de investimentos avaliado em cerca de 2532,5 mil milhões de dólares norte-americanos, dos quais cerca de 80 milhões de dólares foram aplicados na província do Niassa nas acções de reflorestamento, exploração florestal, processamento e comercialização da madeira e seus derivados e com potencial para gerar 2200 novos postos laborais.
O projecto IFLOMA, em Sofala, tem um investimento estimado em cerca de 241,7 milhões de dólares, enquanto um outro do género em implementação na província de Manica está avaliado em cerca de 2,3 mil milhões de dólares para o plantio de eucaliptos, produção de papel e instalação de uma central térmica.
Na área dos recursos minerais, há a destacar um investimento de cerca de 1,26 mil milhões de dólares aplicados na produção do carvão mineral de Moatize, em Tete, e um outro de 849 milhões de dólares a serem consumidos na produção do carvão na região de Benga, ainda em Tete, empregando cerca de 2014 assalariados.
Infra-estruturas
Em estradas e pontes, entretanto, estão em curso a implementação de vários projectos para facilitar a livre circulação de pessoas e bens, integração da produção e comercialização entre centros de produção e de consumo, bem como a ligação internacional e a redução dos custos de transacção.
Estas informações foram transmitidas a deputados da Assembleia da República em resposta a perguntas dos parlamentares da FRELIMO, RENAMO e MDM sobre as calamidades e contribuição dos projectos no desenvolvimento do país. O Governo volta hoje ao Parlamento para insistência dos deputados sobre a matéria.
