A pesca semi-industrial de kapenta consome uma média anual de 90% do valor da sua produção, estimada em cerca de 80 milhões de dólares norte-americanos, segundo resultados de um estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Investigação Pesqueira (IIP).
Os resultados do estudo estão a sustentar a implementação da proposta do Plano de Gestão das Pescarias da Albufeita de Cahora Bassa 2014/2018, recentemente aprovada pelo Ministério das Pescas e os mesmos concluem que os custos de produção “são muito elevados” e ainda referem-se apenas à importação de ração da Zâmbia e Zimbabué.
A pescaria de kapenta em Tete começou a ser feita em 1992, altura em que se registou um fraco crescimento em termos do número de embarcações envolvidas pertencentes a pessoas singulares e colectivas nacionais ao longo de toda a albufeira.
O IIP tem avaliado sistematicamente o estado de exploração do recurso como forma de assegurar a sua boa gestão e sustentabilidade da produção pesqueira no país.
As melhores capturas de kapenta têm-se registado entre os meses de Setembro e Janeiro, verificando-se nos meses de Abril a Junho queda dos níveis de produção devido ao efeito de turbidez da água.
Quanto aos níveis de produção, os estudos de avaliação do potencial deste recurso pesqueiro apontam que na albufeira de Cahora Bassa existe uma produção estimada em 16 mil toneladas, custando, em média, cada quilograma cerca de cinco dólares norte-americanos.
O mesmo estudo admite a manutenção do actual esforço de pesca feito por 250 barcos a operar na pesca de kapenta e a sua actividade de captura é feita durante a noite. A actividade emprega, em média, mais de duas mil pessoas, das quais 1700 são permanentes e as restantes eventuais.