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Pequenos Libombos vai produzir energia

A minicentral da Barragem dos Pequenos Libombos, na província meridional de Maputo, vai entrar brevemente em funcionamento, oferecendo à rede da Electricidade de Moçambique (EDM) 1,7 megaWatts de energia eléctrica.

Para o efeito, a Administração Regional de Águas do Sul (ARA-Sul) firmou um contrato com a EDM para o fornecimento daquela quantidade de corrente eléctrica que será útil, sobretudo, nos períodos de grande procura. Belarmino Chivambo, director-geral da ARA-Sul, pelo jornal Notícias, disse que a entrada em funcionamento da minicentral está apenas dependente de pormenores de natureza burocrática, nomeadamente a assinatura do acordo de cedência de exploração com a empresa que vai passar a gerir o sistema.

A conclusão das obras daquela central hídrica esteve a cargo da Mozambique Holdings, que para a empreitada contratou uma empresa indiana especializada no ramo. A infra-estrutura já foi testada em 2006, mas na ocasião foram detectadas algumas irregularidades que puseram em causa o seu pleno funcionamento.

Em finais de Março último, foram iniciados os trabalhos de rectificação do sistema de compensação da pressão e segurança de funcionamento da minicentral e a ligação com a rede da EDM para a sua compatibilização. Os problemas de segurança, no caso de queda da rede da EDM, faziam com que a central fosse solicitada a fornecer uma capacidade similar à demanda e quando isso acontecia implicava o funcionamento de uma rotação muito alta, o que criava problemas no funcionamento do sistema.

“Vamos antes do acordo fazer a recepção ao mesmo tempo que uma equipa está a fazer a necessária verificação para recebermos a obra e começarmos a operar. Temos desafios, porque a barragem foi concebida para abastecimento de água. Em períodos chuvosos, poderemos operar na máxima capacidade, mas em tempos de seca teremos de sacrificar a produção de energia para atendermos o abastecimento de água”, disse Chivambo.

Um outro desafio tem a ver com o actual estágio do “drift” de Boane que leva a que quando a barragem descarrega caudais na ordem de quatro metros cúbicos a travessia fica interrompida. Para funcionar como deve ser, a minicentral requer um caudal de três a seis metros cúbicos por segundo. Em condições normais, a barragem entrega quatro metros cúbicos por segundo para o abastecimento de água às cidades de Maputo e da Matola, e Boane.

“Temos um objectivo secundário, mas que acaba sendo importante para nós que é a produção de energia”, disse a fonte. Chivambo disse estarem na fase conclusiva os testes de sincronização de energia à rede da EDM e brevemente receber-se-á o empreendimento, realizado numa parceria público-privada, para minimizar os problemas de energia na zona priorizando as necessidades de funcionamento à própria barragem.

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