As pequenas e médias empresas moçambicanas ainda não são competitivas devido à fraca habilidade dos alunos que são graduados pelas escolas técnicas, lamentou, diante do Primeiro-Ministro, Aires Ali, uma delegação da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) durante a visita que efectuou a Moçambique.
Na óptica ainda da delegação liderada por Wilfred Luetkenhorst, director da Divisão de Operações e Estratégias Regionais da UNIDO, as mesmas unidades económicas moçambicanas ainda não atingiram o seu potencial na área industrial devido aos aludidos problemas, realçando que “o crescimento impressionante que o país regista é contributo, em grande parte, dos mega-projectos produtores de alumínio, gás, titânio e carvão”.
É no quadro dos esforços tendentes à inversão do cenário que a UNIDO financia um programa de introdução, em Moçambique, de empreendedorismo para formação de quadros nacionais capacitados para imprimir “um crescimento orientado e um sector privado competitivo que é um passo fundamental para a redução da pobreza”, segundo ainda Luetkenhorst, falando num encontro com o Primeiro-Ministro moçambicano.
Juventude & Emprego
Para o presente ano escolar deverão ser abrangidos pelo programa cerca de 270 estabelecimentos de ensino do país, informou a Ali a delegação da UNIDO, cuja missão era proceder à revisão de programas em curso e discutir com as autoridades moçambicanas acções a realizar.
Em Moçambique, a UNIDO está envolvida em quatro programas de desenvolvimento das áreas da Juventude e Emprego, Meio Ambiente, Alterações Climáticas e de reforço de capacidade de formulação de política comercial e de gestão empresarial orçados em cerca de 8,6 milhões de dólares norte-americanos a serem realizados até 2011.
Os programas são co-financiados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTD). Refira-se que daquele valor já foi desembolsado cerca de 1,85 milhão de dólares.