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Pelo menos nove mortos e oito desaparecidos devido a chuva no Niassa

Pelo menos nove pessoas perderam a vida, duas das quais quatro em Cuamba e outras em Mecanhelas, assim como oito desaparecidas é o balanço preliminar da época chuvosa 2014 – 2015 na província de Niassa onde muitas vias de acesso estão cortadas, infra-estruturas públicas e privadas destruídas, centenas de hectares de culturas submersas, entre outros danos.

Fontes governamentais que estão a monitorar esta calamidade disseram ao jornal Domingo que a situação, embora se considere de estacionária, deixou muitas pessoas sem abrigo, depois de assistirem, imponentemente, as suas casas desabarem e a cobertura “sumir” por causa da força das águas.

Em Cuamba, por exemplo, o rio Muandá continua a fazer muitos estragos. As pontes construídas nos dois extremos da cidade de Cuamba não conseguiram suportar a força das águas, que submergiram as áreas situadas até à entrada da urbe, mais conhecido por controlo policial, uma zona atingida anualmente por situações semelhantes.

Do outro extremo do rio, a maior fábrica da província, Sociedade Algodoeira de Niassa, não escapou à força das águas. Parte do parque fabril e residencial foi atingida, provocando danos materiais de pequena monta. Situação idêntica foi vivida por pessoas cujas residências se encontram à volta daquela fábrica algodoeira.

As chuvas também cortaram as vias que ligam a cidade económica de Cuamba e a província da Zambézia, a partir do bairro municipal de Namutimba, complicando ainda mais as já difíceis condições de transitabilidade que se assistiam antes de iniciar o período chuvoso.

Até ao final de sexta-feira passada, a estrada Cuamba-Gúruè continuava intransitável devido a queda, por desabamento, duma ponteca. Igualmente, no mesmo período, a ligação entre Cuamba e Mecanhelas era feito de forma condicionada, também por arrastamento dos aquedutos.

Na outra entrada, no sentido Cuamba-Nampula, as águas galgaram a linha férrea e submergiram residências e machambas. Aqui, segundo fontes da construtora Gabriel Couto, os estragos incluem a danificação de parte da plataforma que já estava pronta para receber o pavimento, para além de outros materiais que, em consequência, são dados como não estando em condições para serem usados na obra.

Outros prejuízos estão relacionados com a morte e desaparecimento de alguns animais de criação, nomeadamente gado caprino, galinhas e patos, que igualmente foram arrastados pela fúria das águas.

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