As autoridades dominicanas estão a investigar o naufrágio dum barco carregado de imigrantes que deixou 17 mortos, vários feridos e pelo menos 20 desaparecidos na costa nordeste da República Dominicana, disseram as autoridades.
Uma frágil embarcação com mais de 60 pessoas a bordo que partiu, Sábado, da costa de Nagua, 210 quilómetros a nordeste de Santo Domingo, naufragou nas proximidades de Cayo Levantado, na Bahía de Samaná, segundo os representantes da Marinha dominicana.
As autoridades informaram que 18 passageiros foram resgatados e encaminhados para um centro médico com ferimentos.
Cinco sobreviventes ainda estavam a ser tratados, esta Segunda-feira, e uma mulher encontrava-se em estado grave. Os barcos dominicanos realizaram uma busca por sobreviventes durante o fim de semana.
A Guarda Costeira norte-americana enviou três helicópteros e um navio para a área do naufrágio, Sábado à tarde, a pedido das autoridades do país, disse o porta-voz da Guarda Costeira, Ricardo Castrodad.
Alguns dos sobreviventes disseram às autoridades que pagaram aos traficantes 40.000 pesos (1.000 dólares) para organizar a viagem.
Os dominicanos pobres que buscam melhores oportunidades embarcam em barcos precários e lotados para tentar cruzar o Canal de Mona até o litoral de Porto Rico, mas muitos morrem durante a tentativa.
O perigoso estreito de 130 quilómetros é uma via marítima muito usada que une o Mar Caribe e o oceano Atlântico e é conhecido por suas marés e bancos de areia pouco profundos.
O procurador-geral pediu aos promotores da região para intensificarem as investigações para encontrar os organizadores destas travessias e levá-los à Justiça. Há três suspeitos detidos.