Pelo menos 13 pessoas foram mortas e mais de 130 ficaram feridas em confrontos entre milicianos e residentes armados de Trípoli, capital da Líbia, esta sexta-feira (15), afirmou a mídia estatal, em mais um desafio para o governo central.
Foi o terceiro conflito nas ruas em dez dias, ressaltando as dificuldades da Líbia em conter milícias regionais que ajudaram a derrubar o presidente Muammar Khadafi há dois anos, mas mantiveram as suas armas. A desordem armada bloqueou por meses a maior parte das exportações de petróleo do país.
O confronto desta sexta-feira, o pior em Trípoli em vários meses, teve início quando os milicianos abriram fogo contra centenas de manifestantes que pediam a sua expulsão da capital, depois de terem lutado diversas vezes com outras facções armadas pelo controle de determinados bairros.
Um repórter da Reuters viu um canhão a disparar do complexo miliciano na direcção da multidão, que gritava: “Não queremos milícias armadas!” Inicialmente, os manifestantes fugiram, mas voltaram fortemente armados e investiram contra os prédios, onde os milicianos ficaram presos até a noite.
Dezenas de camiões do Exército chegaram mais tarde para tentar separar a multidão dos milicianos no complexo, tendo fechado estradas ao redor para evitar que mais pessoas armadas aderissem à batalha.

