O Parlamento suíço deu, quarta-feira, às mulheres a maioria no gabinete federal, algo inédito no país, onde o voto feminino existe há menos de 40 anos. A social-democrata Simonetta Sommaruga, 50 anos, militante da defesa do consumidor, foi escolhida para uma das duas vagas abertas no Conselho Federal, composto por representantes dos principais partidos.
O sistema suíço de governo baseia-se em decisões tomadas por consenso. Sommaruga será a quarta mulher entre os sete integrantes do Conselho Federal. As suíças só em 1971 conquistaram o direito ao voto em eleições federais – bem depois da maioria das outras democracias.
As presidências da República (um cargo protocolar, que obedece a um rodízio entre os membros do gabinete), da Câmara de Deputados e do Senado também são atualmente exercidas por mulheres.
A outra vaga no Conselho Federal foi destinada ao dirigente empresarial Johann Schneider-Ammann, do Partido dos Democratas Livres (liberal), um crítico dos bônus vultosos pagos a executivos bancários.
As duas vagas no Conselho haviam sido abertas por causa da renúncia de seus titulares para disputarem eleições parlamentares no ano que vem. A composição partidária do Conselho não foi alterada.