Quarenta e quatro jornalistas já perderam a vida exercendo o trabalho em 2018, segundo denunciou nesta quarta-feira a Campanha Emblema de Imprensa (PEC, por sua sigla em inglês), que lamentou o “dramático aumento” das vítimas.
Para comemorar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado no dia 3 de maio, a organização denunciou em comunicado que as mortes de repórteres nos primeiros cinco meses do ano representam um aumento de 57% com relação às 28 mortes registadas no mesmo período de 2017.
A PEC está especialmente “consternada” pela morte de nove jornalistas em duas explosões na capital afegã, Cabul, ocorridas em 30 de Abril.
Um agressor, disfarçado de operador de camera, detonou explosivos no local da explosão inicial que estava repleto de repórteres que cobriam o ataque.
Desde o começo deste ano, os países mais perigosos para os veículos de imprensa foram Afeganistão, com 11 mortos, México (4), Síria (4), Equador (3), Índia (3), Iémen (3) e dois mortos foram contabilizados em cada um dos seguintes países: Brasil, Gaza (Israel), Guatemala e Paquistão. Um jornalista foi assassinado nos seguintes países: Colômbia, Haiti, Iraque, Libéria, Nicarágua, Rússia, El Salvador e Eslováquia.
A PEC segue expressando preocupação com a situação na Turquia, onde segue a detenção arbitrária de jornalistas e julgamentos injustos.
A entidade também está preocupada com o aumento no nível de violência na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, onde dois jornalistas palestinos foram mortos por soldados israelenses e vários outros ficaram feridos durante manifestações violentas.