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Paz no país depende da distribuição equitativa da riqueza

A persistência da ausência de políticas estratégicas e claras para a distribuição equitativa dos ganhos provenientes da exploração dos recursos minerais no país pode perigar a paz, defendeu no passado sábado (29) o Conselho Cristão de Moçambique em Nampula depois de uma marcha por aquela cidade.

O coordenador daquela congregação religiosa, Artur Manuel Colher, considera que a falta de uma atenção especial à questão dos mega-projectos, sobretudo para as populações das zonas onde os mesmos estão em curso, pode saturar os moçambicanos e gerar distúrbios.

Segundo Artur Colher, o desenvolvimento económico nacional estimulado pelos referidos empreendimentos arrastar consigo consequências negativas quando as inquietações do povo não são devidamente atendidas. “É preciso sabermos distribuir as riquezas para o maior número dos moçambicanos. Se isso não acontecer a paz estará minada”.

Apesar da ausência da almejada repartição de riquezas, a população, refere Colher, nutre a vontade de promover e preservar a paz. As confissões religiosas também estão a fazer o seu papel no sentido de incutir nos moçambicanos a ideia de que nenhuma situação pode se sobrepor ao diálogo, conforme tem sido apanágio há 20 anos.

Nesse contexto, esta semana o Conselho Cristão de Moçambique vai promover diversas actividades em prol da paz, de entre as quais orações conjuntas com diferentes confissões religiosas de Nampula.

Em relação às declarações belicistas que o líder da Renamo tem feito nos últimos tempos, segundo as quais vai incendiar o país ou dividi-lo a parir a partir do Rio Save, Manuel Colher diz que são meramente políticas e direccionadas ao partido Frelimo.

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