O que a PAWA (Associação Pan-Africana de Escritores) pretende – para além dos objectivos iniciais que se circunscrevem na valorização e preservação do conto tradicional – é estar na vanguarda deste desafio. Segundo Armando Artur, presidente daquela instituição, que falava na senda da segunda edição do Prémio Literário 25 de Maio/PAWA, “a forma que nós encontrámos para valorizar o conto oral, é transpô-lo para a escrita e publicá-lo em livro”.
Recorde-se que na primeira edição foi vencedor Arnaldo Massangaia, cujo prémio consistiu na edição de um livro com o título “No Regulado de Canda-Canda”. “Foi uma experiência que nos animou bastante, sobretudo pelo número da participação dos concorrentes”. A primeira edição do Prémio Literário 25 de Maio/PAWA, para além de ter distinguido Arnaldo Massangaia, deu uma menção honrosa a uma série de contos que, pela sua qualidade, foram igualmente publicados em livro, durante a cerimónia de lançamento da segunda edição acontecida na semana passada. “Este livro representa um reconhecimento aos seus actores e também um incentivo para que os interessados possam fazer mais investigação no sentido de que todos nós possamos compartilhar as peripécias do conto oral”.
O presidente da PAWA, com o apoio da Electricidade de Moçambique (EDM), revelou ao nosso jornal que “queremos estar na vanguarda e fazer a transposição do conto tradicional para a língua portuguesa. A EDM prometeu apoiar-nos – por estarmos a atravessar constrangimentos financeiros – não só a nível do conto tradicional, como noutras iniciativas, como, por exemplo, na edição de provérbios. Escolhemos, para começar, o conto tradicional por considerarmos isso fundamental. Por isso estamos juntos com a EDM no resgate daquilo que são os nossos valores culturais assentes na oralidade”. O vencedor desta edição, para além da edição do livro, receberá um valor monetário de 3 mil dólares.