Paulo Estevão Daniel, comumente tratado por “Danger man”, foi morto à tiro cercas das 21 horas desta sexta-feira (24), no bairro da Polana Caniço, na capital moçambicana, por desconhecidos ainda a monte.
Ao @Verdade, várias fontes disseram que Paulo “Dangerman”, foi crivado de “quatro balas na cabeça”, tendo encontrado morte imediata no local.
Uma testemunha que pediu-nos para preservamos a sua identidade, disse-nos que a viatura de “Danger man”, uma Toyota da marca Runx, teria sido bloqueada, por duas viaturas, de onde, do seu interior emergiram “uns dois indivídos armados tipo pasquitanes que dispararam para a sua cabeça e foram embora”.
Quem era “Danger man”?
Antigo comando da casa militar, na chacelaria do antigo presidente Joaquim Chissano, Paulo “Danger man”, fazia parte da tropa que garantia a segurança do antigo estadista moçambicano.
Em meados dos anos noventa, o casino do Hotel Polana, o contratou, para prestar serviços de segurança naquela unidade hoteleira, pois a sua fama de detentor de cinturão negro em karate, na disciplina de Tae Koo Do, obtida na Correia do Norte, era objecto de cobiça nos circulos que movimentam astronómicas quantias de dinheiro. O casino do Hotel Polana, cabia nessa categoria, disputando com particulares os serviços de segurança que eram providenciados, pelo agora finado.
“Danger-Man” foi, com Aníbal António dos Santos Júnior (Anibalzinho), Fernando Magno, Osvaldo Muianga (Dudú), Momad Assif Satar (Nini) e Ayob Satar, “Danger Man”, julgado em 2008 pelo juiz Dimas Marrôa, sob acusação de tentativa de assassinato do advogado Albano Silva. O julgamento aconteceu oito anos depois que ele foi recolhido para Cadeia de Máxima Segurança da Machava, vulgo BO.
Uma vez não encontradas provas sobre o envolvimento do grupo na tentativa de assassinato do causídico, todos eles foram ilibados e, porque “Danger-Man” não estava associado a nenhum outro processo que o obrigasse a permanecer na cadeia, saiu em liberdade.