O porta-voz do partido Frelimo, Damião José, reagindo a uma questão que lhe foi colocado sobre o facto de Pascoal Mucumbi ter escrito uma carta aberta ao Presidente da República, disse que aquele antigo governante “é livre de expressar publicamente a sua opinião sobre os acontecimentos do país”.
Damião José, que falava em conferência de imprensa, esta segunda-feira, em Maputo, disse ainda que só o próprio Pascoal Mucumbi pode esclarecer as razões pelas quais escreveu uma carta aberta ao presidente. Pascoal Mucumbi dirigiu uma carta aberta ao Presidente de República, Armando Guebuza, que é também líder da Frelimo, manifestando a sua opinião em relação à greve dos médicos que decorre no país e que já vai no seu vigésimo dia.
O antigo governante, entre outros aspectos, levanta questões sobre o papel exercido pelos diversos profissionais de saúde na criação de um Sistema Nacional de Saúde. Num dos trechos Mucumbi afirma que “… o empenho destes profissionais na luta contra a doença, componente inseparável da luta contra a pobreza, requer condições dignas de trabalho e de vida. Desde a criação do SNS, os profissionais da saúde estiveram em todo o País, nas áreas mais remotas enfrentando situações de guerra e de calamidade naturais, dedicando todo o seu esforço para melhor servir o povo”.
A carta em referência foi subscrita por 84 médicos dentre os quais os que, praticamente, fundaram o Sistema Nacional de Saúde.