O partido anti-imigração SVP conquistou a maioria dos votos na eleição parlamentar nacional de domingo, mantendo a pressão para que o governo adopte cotas para pessoas que partem de outros países da União Europeia.
O sucesso do Partido do Povo da Suíça, somado aos avanços do pró-empresariado Partido Liberal, levou os comentaristas políticos a falarem numa “Rechtsrutsch” –uma guinada à direita– na política suíça.
A imigração foi o tema central para os eleitores em meio a uma onda de postulantes a asilo vindos do Oriente Médio e do norte da África para a Europa. “A votação foi clara”, disse o líder do SVP, Toni Brunner, à televisão suíça. “O povo está preocupado com a imigração em massa para a Europa”.
O resultado de domingo consolida a posição do SVP como força dominante no cenário político do país.O partido conseguiu 29,4 por cento dos votos, de acordo com a soma final da rede SRF –um aumento em relação aos 26,6 por cento da eleição de 2011 e muito acima das expectativas. Foi o melhor desempenho de um partido local em pelo menos um século.
Isso traduziu-se em 11 cadeiras adicionais na câmara caixa do Parlamento suíço, elevando o seu total para 65 assentos, a maior representação de um partido desde que a quantidade de cadeiras subiu para 200 em 1963.
Os ganhos eleitorais do SVP, que já era o maior partido único da Suíça, ocorreram 20 meses depois da aprovação de um referendo que apoia limites à presença de estrangeiros na nação alpina. O SVP foi um firme defensor das restrições.