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Partido de Merkel ganha na Alemanha, mas os aliados ficam de fora

Os parceiros da coligação do Partido Democrata Livre (FDP), de Angela Merkel, fracassaram nas eleições no estado de Sarre, Domingo, ficando com apenas 1,5 por cento dos votos, de acordo com as pesquisas de urna, dando continuidade a uma campanha deplorável que enfraqueceu o governo de centro-direita da Alemanha.

O CDU (Partido Cristão Democrata) da chanceler parecia destinado a vencer as eleições estaduais e estavam propensos a buscar uma coligação com o segundo colocado, o SPD (Social Democratas), uma tendência que deve ser repetida nas eleições nacionais, próximo ano.

“O povo de Sarre ganhou um governo estável. Eles mostraram que queriam uma… coligação e que queriam a mim como ministra do estado,” disse a vitoriosa ministra-presidente de Sarre, Annegret Kramp-Karrenbauer, do CDU.

Os conservadores de Merkel ficaram com 34,5 por cento dos votos no estado ocidental, com 1 milhão de habitantes, mesma quantidade de votos das últimas eleições no estado, em 2009.

Eles ficaram na frente do partido de centro-direita SPD, que estava a disputar voto a voto com o CDU, de acordo com as pesquisas feitas antes da votação, mas conseguiram apenas 31 por cento dos votos, de acordo com as pesquisas de boca da urna.

Mas o seu aliado de coligação no cenário nacional, o FDP, teve um resultado pior ainda do que as previsões mais pessimistas.

Com 1,5 por cento dos votos, bem abaixo do patamar de cinco por cento para conseguir assentos na assembleia estadual, eles despencaram dos 9,2 por cento que tinham anteriormente.

Os principais assessores de Merkel começaram imediatamente um trabalho de contenção de danos. O líder do partido em Berlim, Peter Altmaier, negou que os resultados representassem qualquer ameaça, dizendo: “Temos uma coligação estável em Berlim. Essa foi uma situação diferente.”

Mas o resultado num dos menores estados da Alemanha torna mais provável que os conservadores tenham que escolher um novo parceiro se eles conseguirem ganhar as próximas eleições federais em 2013, como sugerem todas as pesquisas de opinião recentes.

O FDP saiu do parlamento nas assembleias estaduais em todo o país e corre o risco de ser mais humilhado ainda, em mais duas eleições estaduais, em Maio, em Schleswig-Holstein e no estado mais populoso da Alemanha, North Rhine-Westphalia (NRW),

“Aconteceu uma situação difícil em Sarre. Mas estamos a olhar para Kiel (em Schelswig-Holstein) e Düsseldorf (NRW) com coragem e empenho,” disse o secretário geral do FDP, Patrick Doering, culpando os fracos candidatos de Sarre.

O seu partido tem visto o seu apoio desaparecer, depois de não conseguir cumprir as promessas feitas durante a campanha para as eleições de 2009, tais como os cortes de juros.

Um movimento para substituir o impopular líder Guido Westerwelle pelo jovem Philipp Roesler, nascido no Vietname, não conseguiu parar o declínio.

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