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Parceiros exigem melhor gestão da EDM

Os parceiros de cooperação de Moçambique no sector da Energia exigem uma melhor gestão da Electricidade de Moçambique (EDM) para garantir a sustentabilidade desta empresa pública a longo prazo. Falando esta Sexta-feira durante a Reunião Anual Conjunta de Consultas entre o Governo e os Parceiros de Cooperação, o Embaixador da Suécia, Torvald Akesson, disse que apesar do sector da energia registar resultados positivos, os parceiros estão preocupados com a sustentabilidade deste sector a longo prazo.

“Ao avaliarmos a situação financeira da EDM, é evidente que ainda existem alguns desafios a serem abordados em relação a gestão da dívida crescente da empresa, gestão interna bem como o controlo dos seus recursos e redução dos prejuízos tanto os técnicos como os não técnicos”, disse Akesson, falando em representação dos parceiros.

O diplomata sueco reconheceu que a EDM já começou a lidar com alguns desses problemas internos. Contudo, ainda persistem alguns problemas. Aliás, na sua intervenção na abertura deste encontro, o Ministro da Energia, Salvador Namburete, reconheceu que os prejuízos da EDM resultantes de roubos e vandalismo continuam elevados, apesar dos esforços para combater os males.

Segundo o governante, os prejuízos desta empresa pública durante o quinquénio 2005/2009 ultrapassam o valor de 230 milhões de meticais (cerca de 6,3 milhões de dólares americanos).

Além dessas preocupações, os parceiros defendem ser importante que as políticas e regulamentos do sector da Energia sejam formulados e aplicados de uma maneira capazes de estimular os esforços da EDM de continuar a expandir a rede eléctrica para mais pontos do país.

Por outro lado, eles afirmam que Moçambique carece de normas e regulamentos aplicáveis para permitir que os grandes investimentos projectados no sector da energia possam gerar um desenvolvimento sustentável, beneficiando a população do país.

Akesson disse que alguns projectos do sector da energia, ora em curso no país, contam com investimentos de cerca de 530 milhões de dólares doados pelos parceiros de cooperação.

Contudo, a totalidade dos investimentos dos parceiros é estimada em aproximadamente 620 milhões de dólares, incluindo empréstimos bonificados.

O Embaixador sueco advertiu que, apesar dos montantes dos fundos externo parecerem elevados, é importante notar que Moçambique ainda precisa de investimentos de vulto no sector da energia.

“Apesar destas contribuições e elevado interesse pelo sector, as necessidades ainda são enormes, enquanto que os recursos são limitados. Portanto, é extremamente importante o uso eficiente dos fundos, tanto os disponibilizados pelos parceiros externos, bem como os provenientes do orçamento do Estado”, disse ele.

“Uma questão fundamental para o continuo sucesso do Governo no sector da Energia é pensar cuidadosamente sobre como priorizar a implementação do plano quinquenal com recursos disponíveis mas que são limitados”, acrescentou o diplomata, sublinhando a necessidade de mais investimentos nas áreas com um potencial de estimular o crescimento económico.

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