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Pararam as manifestações populares em Maputo

Pararam as manifestações populares em Maputo

Neste segundo dia de manifestações popular, por causa do aumento do custo de vida, na cidade e província de Maputo, e depois de nas primeiras horas da manhã terem se registado algumas estradas obstruídas – com pneus queimados e pedras – a situação desde o meio do dia é de calma completa. 

A polícia e alguns militares, julgo tratar-se da intervenção rápida, estão posicionados nos locais onde desde ontem se registaram os maiores problemas e controlam a situação no terreno. Não existe nenhuma manifestação a decorrer na cidade de Maputo e arredores e pode-se circular sem problemas pelas Avenidas que dão acesso de e para a cidade – avenidas de Moçambique, Acordos de Lusaka, Joaquim Chissano, Angola, Vladimir Lenine, Auto Estrada para Matola e mesmo na N4 -, apenas algum entulho e pequenas pedras atrapalham a circulação dos veículos mais pequenos.

Segundo o balanço oficial do Governo registaram-se sete vítimas mortais de civis e mais de 282 feridos entre eles alguns membros da polícia. O Governo quantifica em cerca de 122 milhões de meticais os danos materiais resultantes destas manifestações.

O drama maior dos cidadãos de Maputo nesta quinta-feira é a escassez de alguns bens de primeira necessidade uma vez que o comércio não está a funcionar porque os trabalhadores que vivem fora da cidade não conseguiram chegar aos seus locais de trabalho. 

Registamos longas filas nas poucas padarias que estiveram a funcionar sendo que o pão, cujo preço aumentou, não foi suficiente para a procura. Pudemos ainda verificar uma fila no piquete da EDM na avenida Eduardo Mondlane onde os citadinos procuram comprar energia eléctrica.

Alguns supermercados abriram as suas portas durante algumas horas e foram invadidas por clientes que procuram abastecer-se por alguns dias, receosos que a situação que se vive prolongue-se. Afinal o Governo, mesmo depois do Conselho de Ministros extraordinário que decorreu na manhã desta quinta -feira, continua a não conseguir dar garantias de que as manifestações tenham terminado e nem indica quando a normalidade estará restabelecida.

Em algumas bombas de combustível, que estiveram em funcionamento também houve filas de veículos que procuravam abastecer os seus tanques.

 

 

 

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