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Países exigem cessar-fogo para intervir contra incêndio em Trípoli

O Governo líbio revelou que muitos países “amigos” estão dispostos a assistir na extinção do incêndio no reservatório de combustível na capital do país, Tripoli, mas condicionam a sua intervenção à instauração de um cessar-fogo.

Segundo o porta-voz do Governo, Ahmed Al-Amine, as fações beligerantes ainda não responderam ao reiterados apelos do Executivo para a cessação dos confrontos armados. “A retomada dos combates foi a única resposta até agora enviada, contrariando as ordens dimanadas do Ministério da Defesa, a instituição legítima do Estado”, acrescentou Al-Amine em declrações segunda-feira ao canal “Líbia Al-Ahrar”.

Lembrou igualmente que o Governo manteve em vão contactos com os sábios e dignitários de Misrata e Zenten, cidades de origem dos dois principais grupos rivais em confronto, com vista a fazer pressão para acabar com o conflito.

Um reservatório de combustível localizado num armazém da estrada do aeroporto de Trípoli foi atingido por um foguete, causando um grande incêndio na noite de domingo. As equipas de proteção civil e o pessoal dos entrepostos de combustível retiraram-se segunda-feira do local do fogo, devido à intensificação dos combates na área, enquanto um novo incêndio deflagrou num segundo depósito de 10 milhões de litros de combustível devido a fortes ventos.

De acordo com o porta-voz da Companhia Nacional Líbia de Combusti?veis (NOC), Mohamed Al-Harairi, a Itália e a Grécia figuram entre os países que aceitaram enviar aviões para participar na luta contra o fogo numa área que é teatro, há mais de duas semanas, de combates entre grupos armados rivais que disputam o controlo do aeroporto.

Enquanto isso, os Estados Unidos e a Turquia evacuaram as suas embaixadas em Tripoli, e países como a Grã-Bretanha, França e vários outros europeus convidaram os seus cidadãos a deixarem imediatamente a Líbia por causa do caos de segurança.

O Governo líbio declarou segunda-feira que o incêndio estava fora de controlo devido à propagação do fogo para um segundo depósito, apelando aos habitantes locais a deixarem a área.

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