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Otan anuncia reforço para o Afeganistão e nomeia secretário-geral

A Otan (Organização do Atlântico Norte) anunciou neste sábado, ao término da cúpula pelo 60º aniversário da aliança, em Estrasburgo, que vai enviar reforços ao Afeganistão, e nomeou seu novo secretário-geral, o primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen.

O porta-voz do presidente americano, Barack Obama, Robert Gibbs, declarou à imprensa que a Otan vai enviar 3.000 soldados para as eleições previstas este ano. Além disso, entre 1.400 e 2.000 militares devem ser enviados ao Afeganistão para formar 70 equipes de instrutores do Exército nacional afegão (ANA) com entre 20 e 40 membros cada, indicou o porta-voz da Casa Branca.

Obama comemorou a decisão, elogiando a “determinação” da França e da Alemanha em ajudar esse país. “Estou feliz que nossos aliados da Otan tenham dado um apoio forte e unânime à nossa nova estratégia”, declarou Obama em entrevista à imprensa, ao final da cúpula. O presidente americano prestou homenagem ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, e à chanceler alemã, Angela Merkel, organizadores da cúpula.

“O compromisso que assumiram com o Afeganistão é um sinal da determinação com a qual abordam os desafios da Otan”, declarou. Após a cúpula, o atual secretário da aliança, Jaap de Hoop Scheffer, anunciou a nomeação do premier dinamarquês, que vai assumir suas funções em 1º de agosto. “Todos estão plenamente convencidos de que Anders Fogh Rasmussen é a melhor opção para a Aliança”, declarou Scheffer.

“Eu sinto-me honrado”, declarou Rasmussen, que estava ao lado de Hoop Scheffer. A Cúpula da Otan, que foi totalmente centrada no Afeganistão e realizada ao mesmo tempo nas cidades francesa de Estrasburgo, e nas alemãs de Baden Baden e Khel, divulgou também um apelo ao governo afegão para que respeite os direitos da mulher.

“É uma pedido unânime” dos países da Otan que os direitos da Mulher e do Homem sejam defendidos e respeitados pelo governo afegão, declarou o presidente Sarkozy em uma conferência de encerramento da cúpula. Um projeto de lei afegã, chamado “nova lei sobre a família afegã”, vem gerando críticas entre os ocidentais. Ele proíbe as mulheres de negar relações sexuais a seus maridos ou de deixar o domicílio familiar e tomar decisões sem o prévio acordo deles.

“Esperamos que este projeto de lei seja retirado, porque é inaceitável”, declarou Angela Merkel. “Todos no Afeganistão devem ter o direito de viver em toda liberdade”, acrescentou.

A cúpula foi acompanhada nas ruas por milhares de manifestantes, entre eles quase mil particularmente violentos. As manifestações terminaram com 10 feridos e vários militantes detidos, de acordo com a prefeitura, e 20 feridos segundo os participantes.

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