Após reunir com a sua Comissão Política Nacional o presidente da Renamo, Ossufo Momade, reiterou que o partido não vai “aceitar nem reconhecer os resultados da votação realizada no dia 15 de Outubro de 2019”. O passo seguinte do maior partido de oposição é “encetar diligências junto da sociedade moçambicana e da comunidade internacional de modo a encontrar soluções para a reposição da verdade eleitoral”.
Diante da expressiva derrota nas Eleições Presidenciais, Legislativas e Provinciais, a julgar pelos resultados parciais que estão a ser divulgados, o partido Renamo reuniu-se nesta segunda-feira (21) na Cidade de Maputo para ponderar “as melhores soluções deste diferendo eleitoral” surgido de uma eleição que considerou “vergonhosamente mais fraudulentas jamais vistas no país e no mundo inteiro”.
Após a sessão Extraordinária da Comissão Política Nacional alargada a outros Quadros o partido divulgou um comunicado onde o líder reitera que não vai “aceitar nem reconhecer os resultados da votação realizada no dia 15 de Outubro de 2019 e por consequência exigir a reposição da verdade eleitoral negada ao povo moçambicano em virtude das graves irregularidades que mancharam o processo na sua plenitude”.
O maior partido de oposição instou “a todos os moçambicanos a não aceitarem a mega fraude eleitoral”, exigiu “a libertação imediata e incondicional de todos os membros da Renamo arbitrariamente detidos ao longo de todo o processo eleitoral”, e “que o Presidente da República na sua qualidade de Chefe de Estado, garante da Constituição da República e Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança esclareça publicamente a proveniência dos votos e urnas na posse dos membros da Frelimo, seu partido fora do circuito dos órgãos eleitorais e esclareça igualmente a quem servem as Forças de Defesa e Segurança que ostensivamente e com fundos públicos se posicionaram em prejuízo da vontade popular”.
Além disso Ossufo Momade exigiu “à Comissão Nacional de Eleições que esclareça publicamente a circulação de boletins de voto fora do circuito dos órgãos eleitorais”.
Enquanto aguarda pelas suas reivindicações a Renamo anunciou que vai “encetar diligências junto da sociedade moçambicana e da comunidade internacional de modo a encontrar soluções para a reposição da verdade eleitoral”.