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Óscares 2010: suspense até ao fim

Óscares 2010: suspense até ao fim

Tudo a postos para a grande noite dos Óscares, que começa às tres da manhã de segunda-feira, e o suspense de quem saira com a cobicada estatueta mantém ate ao fim: ninguém consegue adivinhar quem vai levar para casa o prémio maior da academia. 

Los Angeles está em festa. Até a chuva parou para deixar que se exiba tanta estrela. O show vai ser apresentado por um homem cerebral, Steve Martin, e por outro acriançado, Alec Baldwin. Este já veio a público revelar o estilo da cerimónia: “Este ano queremos que seja muito inteligente, charmoso e urbano”. Martin acrescentou que, fora isto, “Nós os dois também vamos lá estar”.

O que não se sabe é se a Sandra Bullock irá, como parece ser possível, ganhar outro prémio este fim-de-semana. Ela acabou de receber o Razzie pelo pior desempenho do ano, no filme All About Steve. Diz-se que Meryl Streep é a única concorrente à altura, mas que este é o ano da Sandra e já não há nada a fazer. A não ser que apareça uma surpresa Preciosa. Ou que a Carey Mulligan, a menina rebelde do filme An Education, leve para casa aquilo que lhe pertence.

Num ano que parecia previsível e que, agora, parece uma corrida de cavalos completamente cansativa até ao fim, o filme de James Cameron, Avatar, não é, afinal, o vencedor antecipado. Num sprint de última hora, o The Hurt Locker parece estar bem posicionado para receber, pelo menos, a estátua para o melhor realizador.

Neste caso, realizadora: Kathryn Bigelow. Gossip extra: a senhora, alta e maravilhosa e bonita e modesta e inteligente, já esteve casada com Cameron. Dá ideia, por vezes, que lhe ensinou algumas das coisas que ele agora exibe. É mesmo. Já estiveram casados e, hoje, domingo, em directo, vão ter a sua guerra mais visível em frente de muitos milhões de espectadores.

Como se a cerimónia precisasse de mais drama. Os únicos dois vencedores à partida continuam a ser Mo’Nique – a mãe monstruosa do filme de Lee Daniels – e o austríaco Christoph Waltz, por um coronel Landa capaz de torturar os seus suspeitos com palavras que podiam bem ter sido escritas por Quentin Tarantino, tão afiadas são. Tudo o resto é uma incógnita, o que vai ser uma vantagem para um show televisivo que precisa de boas audiências de modo a poder sublinhar um ano fiscal positivo e que ficará, assim, fechado com tom triunfal.

Hollywood está a registar lucros nunca vistos antes. Não se admirem se o filme vencedor for aquele que mais dinheiro trouxe à indústria. Em tempo de crise económica e incerteza laboral, o filme artístico talvez tenha de se contentar com a atenção tida até agora. 

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