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Os principais temas de discussão da cúpula do G20 em Londres

Seguem os principais temas de discussão dos dirigentes do G20, que se reúnem amanhã (quinta-feira), em Londres, entre os quais assuntos de tensão, como a regulação do setor financeiro, e de consenso, como o aumento dos recursos do FMI.

DESACORDO SOBRE OS REMÉDIOS PARA A RECESSÃO MUNDIAL: os EUA assumiram a liderança dos países que defendem novos esforços de retomada para tirar o planeta da mais grave crise econômica do pós-guerra, mas encontram resistência entre os europeus, principalmente a França e a Alemanha, que consideram já ter feito o bastante. O presidente Barack Obama voltou a dizer nesta quarta-feira que os EUA não podem ser o único motor do crescimento. O G20 poderia eliminar suas divisões optando por um compromisso segundo o qual cada Estado se comprometeria a fazer “tudo o que for necessário”.

O REFORÇO DA REGULAÇÃO DO SETOR FINANCEIRO aparece como outro ponto bastante crítico. Diante das reservas anglossaxônicas, França e Alemanha reivindicam medidas concretas e o presidente Nicolas Sarkozy, que criticou um “capitalismo financeiro sem princípio nem moral”, ameaçou fechar a porta se a cúpula terminar com um “falso compromisso”.

A LUTA CONTRA OS PARAÍSOS FISCAIS é outro grande tema de discussão, que envolve principalmente Paris e Berlim. A França condenou Washington de manifestar uma “tolerância anglossaxônica tradicional” para com os buracos negros das finanças, enquanto a China parece pronto a se opor a qualquer medida que pudesse colocar em risco seus mercados financeiros de Hong Kong e Macao.

A REMUNERAÇÃO DOS BANQUEIROS. Gordon Brown prometeu que o G20 lançaria as bases das regras comuns para enquadrar os “bônus” dos príncipes das finanças, acusados de terem contribuído para a crise financeira.

O AUMENTO DOS FUNDOS DO FMI PARA AJUDAR OS PAÍSES MAIS FRÁGEIS parece ser um dos raros assuntos de consenso. Os dirigentes do G20 devem aprovar uma duplicação dos recursos do fundo, mas os países emergentes podem tentar aproveitar a ocasião para conseguir avanços sobre a reforma da governança da instituição.

A REJEIÇÃO AOS REFLEXOS PROTECIONISTAS deve também ser um tema de discussão, mesmo se na prática os exemplos de desobediência a este princípio tenham se multiplicado nos últimos meses, como a cláusula “Compre americano” do plano de retomada de Barack Obama.

A QUESTÃO DOS CÂMBIOS não aparece oficialmente na agenda da cúpula, porém cada vez mais vozes se erguem, principalmente na China e na Rússia, para contestar a hegemonia do dólar, e a questão pode ser colocada sobre a mesa de discussões.

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