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Ordem dos Advogados de Moçambique fora da Vila Algarve

A sede da Ordem dos Advogados de Moçambique já não se vai localizar no edifício denominado Vila Algarve, sito no bairro da Polana, em Maputo, alegadamente, por falta de um milhão de dólares norte-americanos para reabilitar aquela que, durante a dominação colonial portuguesa sobre Moçambique, fora sede da famigerada polícia política PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado). Mais tarde, a PIDE foi substituída por Marcello Caetano pela designação Direcção-Geral de Segurança (DGS), em Novembro de 1969.

De fonte competente governamental moçambicana o Correio da manhã apurou, esta quarta-feira, que a Vila Algarve será entregue “em breve” ao Ministério da Cultura para a sua reabilitação e ocupação posterior “para fins eminentemente de preservação da história de Moçambique”.

A agremiação ora dirigida pelo advogado Gilberto Correia terá a sua sede num apartamento que fora ocupado pela actual Presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, localizado algures na Avenida Vladimir Lénine, em Maputo.

Para o efeito, hoje, quinta- feira, o Ministério das Finanças assina com a Ordem dos Advogados de Moçambique o termo de entrega do referido edifício que passará a ser a sua sede depois de beneficiar de obras de reabilitação avaliadas em cerca de 1,5 milhão de meticais desembolsados pelo Ministério da Justiça para o propósito.

A disponibilização do edifício vai responder às preocupações apresentadas em Setembro de 2010 pelo bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique, Gilberto Correia, durante as celebrações de mais um aniversário da criação daquela agremiação.

Na altura, Correia disse que a advocacia moçambicana está muito aquém do desejável porque o número de advogados ainda é muito inferior para responder às necessidades do país.

Correia estimou que, presentemente, um advogado está para atender cerca de 29 mil pessoas por o país contar apenas com cerca de 700 advogados inscritos na ordem.

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