O bombardeio dos militares sírios ao bairro de Baba Amro, na cidade de Homs, que está tomado por grupos insurgentes, entrou este sábado na sua quarta semana enquanto a Cruz Vermelha tentava remover da área civis extenuados pelo conflito.
Pelo menos 28 pessoas foram mortas na Síria neste sábado, incluindo nove em Homs, terceira maior cidade do país, de acordo com o grupo Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
A agência de notícias estatal Sana informou que foram realizados os funerais de 18 membros das forças de segurança mortos por “grupos terroristas armados” em Homs, Deraa, Idlib e na área rural de Damasco.
Ativistas sírios criticaram os resultados da conferência internacional “Amigos da Síria” e disseram que o mundo os abandonou, deixando-os serem mortos pelas forças leais ao presidente Bashar al-Assad.
“Eles (os líderes estrangeiros) ainda estão dando oportunidades a este homem que está nos matando e já matou milhares de pessoas”, disse o ativista Nadir Husseini, em Baba Amro.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou ter retomado as negociações com as autoridades sírias e com a oposição para permitir a retirada de civis para áreas seguras. Segundo Husseini, os moradores de Baba Amro não confiam na entidade parceira da Cruz Vermelha no país, o Crescente Vermelho Árabe-Sírio, e não querem trabalhar com um grupo “sob o controle do regime”.
A Cruz Vermelha negou essa acusação, dizendo que o Crescente Vermelho Sírio é uma organização independente. “Os voluntários deles estão arriscando as suas vidas diariamente para ajudar qualquer um, sem exceções”, declarou o porta-voz da Cruz Vermelha em Genebra Hicham Hassan.
A Cruz Vermelha afirmou que a entidade parceira na Síria removeu um total de 27 pessoas de Baba Amro na sexta-feira).