A ONU disse, esta Segunda-feira, ao povo das Maldivas que cabe a ele resolver as violentas divisões que levaram à deposição, semana passada, do seu primeiro presidente livremente eleito.
Os partidários de Mohamed Nasheed, que diz ter sido coagido a renunciar, semana passada, recusam-se a reconhecer Mohamed Waheed Hussain Manik como o novo presidente e a aderir a um governo de união nacional, proposto por um funcionário da ONU em visita ao país.
Mas Oscar Fernandez-Taranco, secretário-geral-assistente da entidade para Assuntos Políticos, alertou contra pressões internas sobre os novos governantes do arquipélago do Índico, e disse que é crucial que a população local pare com a violência e resolva as suas diferenças políticas.
“Só o povo das Maldivas pode encontrar o caminho para frente”, disse Fernandez-Taranco a jornalistas depois de passar quatro dias no país.
“Não há soluções internas para problemas internos do tipo que testemunhamos aqui.” Ele disse que certamente “há nas Maldivas pessoas com alta credibilidade e integridade” para investigar o motim policial-militar que antecedeu à renúncia de Nasheed.
A Commonwealth, entidade que reúne a Grã-Bretanha e ex-colónias suas, anunciou, Domingo, o envio duma delegação ao arquipélago, provavelmente já esta semana, para investigar como o poder mudou de mãos.
A Commonwealth pode suspender os países membros que violem as cláusulas democráticas do grupo.