Os países árabes devem tomar medidas para lutar contra os crescentes problemas relacionados com a insegurança humana como a violência contra as mulheres, a gestão de refugiados e o tráfico de seres humans, indica um relatórioda ONU divulgado esta terça em Beirute.
A pobreza, as guerras civis, os conflitos sectários e étnicos e a repressão também são alguns dos desafios que a região deve enfrentar, segundo o mesmo informe, de 288 páginas. “Na região árabe, a insegurança humana, que afeta a grande parte das pessoas, dificulta o desenvolvimento humano”, assinalo o texto, redigido em sua maior parte por universitários árabes.
As crianças, as mulheres e os refugiados são os que mais sofrem com a falta de direitos e liberdades na região. O texto cita os ‘crimes de honra’ como a forma mais comum de violência contra as mulheres em muitos países da zona, entre eles o Iraque e a Jordânia.
Os refugiados e os deslocados também constituem um dos problemas do mundo árabe, que afeta especialmente os paletinos, iraquianos e sudaneses. “Estão a mercê das condições nos campos de refugiados ou dos acontecimentos políticos e econômicos nos países que os acolhem, que podem geralmente se voltar contra eles”, acrescenta o texto, que denuncia a “famosa riqueza petroleira dos países árabes como um quadro enganoso de sua situação econômica”.
A ONU cifra os refugiados nos países árabes em 7,5 milhões, ou seja, cerca da metade dos 16 milhões registrados em todo mundo.