O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) autorizou, esta Quarta-feira, um expressivo aumento na força de paz da União Africana na Somália no meio de uma ofensiva militar contra rebeldes islâmicos no miserável país.
A missão, conhecida pela sigla Amisom, tem actualmente 12 mil soldados e policiais, mas poderá chegar a 17.731, conforme a resolução aprovada por unanimidade pelo conselho na véspera de uma conferência internacional, em Londres, que vai discutir medidas contra a instabilidade na Somália e a pirataria nos seus mares.
Até agora, a Amisom é formada por soldados de Uganda e Burundi. A ampliação será feita principalmente pela inclusão sob seu comando do contingente queniano que desde Outubro passado opera de forma independente no território somali para tentar frear o avanço dos rebeldes do grupo Al Shabaab, que Nairóbi acusa de cometer ataques e sequestros no Quénia.
Os diplomatas disseram que o Djibouti também deve fornecer tropas para a nova fase da missão. Embora trate-se de uma força da União Africana, a ONU deu a sua autorização e financia grande parte das suas operações.
A Amisom chegou à Somália em 2007, e desde Agosto passado controla a capital, Mogadíscio. Os combatentes da Al Shabaab ainda dominam grande parte da Somália, e o fraco governo nacional controla apenas uma pequena parcela do território.
As forças etíopes também estão na Somália, mas não devem ser incorporadas à Amisom e irão retirar-se em breve, segundo os diplomatas.