A ONG Memorial, com a qual colaborava Natalia Estemirova, militante dos direitos humanos sequestrada e assassinada na quarta-feira, acusou diretamente pelo crime o presidente checheno Ramzan Kadyrov, que tem o apoio do Kremlin.
“Eu sei, tenho certeza da identidade do culpado pelo assassinato de Natalia Estemirova, todos sabemos: seu nome é Ramzan Kadyrov”, afirma em um comunicado Oleg Orlov, diretor da Memorial. “Kadyrov ameaçava Natalia, a insultava e a considerava uma inimiga pública.
Não sabemos se ele mesmo deu a ordem ou se foram seus colaboradores para agradar o chefe”, completa. Natalia Estimirova, 50 anos, militante premiada, denunciava o prosseguimento dos crimes de guerra na Chechênia, país oficialmente pacificado. A militante foi encontrada morta na República da Inguchétia, no Cáucaso russo, depois de ter sido sequestrada na quarta-feira na Chechênia. Kadyrov qualificou de “desumano” o crime e prometeu supervisionar pessoalmente a investigação, segundo a agência russa Ria Novosti.