Todas as pessoas com VIH deveriam receber medicamentos antirretrovirais o mais rapidamente possível após o diagnóstico, o que significa que 37 milhões de pessoas no mundo inteiro precisariam estar em tratamento, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira.
Ensaios clínicos recentes confirmaram que o uso precoce de medicamentes prolonga a vida das pessoas com o vírus da SIDA e reduz o risco de transmissão da doença para parceiros, disse a OMS num comunicado que estabelece um novo objectivo para os seus 194 Estados membros.
Sob as directrizes anteriores da OMS, que limitavam o tratamento às pessoas cuja contagem de células imunes tivesse caído abaixo de um determinado limiar, 28 milhões de pessoas eram consideradas elegíveis para a terapia antirretroviral.
Todas as pessoas em situação de risco “substancial” de contrair o VIH também devem receber a terapia preventiva, e não apenas os homens que fazem sexo com homens, disse a OMS.
“Todos que vivem com o VIH tem o direito a um tratamento para salvar vidas. As novas directrizes são um passo muito importante no sentido de garantir que todas as pessoas que vivem com VIH tenham acesso imediato a tratamento antirretroviral”, disse Michel Sidibe, director executivo da Unaids.
A medida levará a um aumento acentuado na demanda por medicamentos antirretrovirais que normalmente são dados como um coquetel de três drogas para evitar o risco de o vírus desenvolver resistência.
Os principais fornecedores de medicamentos para o VIH incluem a Gilead Sciences, a ViiV Healthcare, que é maioritariamente propriedade da GlaxoSmithKline, e vários fabricantes indianos de medicamentos genéricos.