Uma empresa privada internacional, que está a trabalhar na construção do aeroporto internacional de Nacala-Porto no norte de Moçambique, concretamente na província de Nampula já disponibilizou pouco mais de cento e cinquenta mil dólares norte americanos, para assistência e acompanhamento de doentes de tuberculose e de outras doenças relacionadas.
Esta informação foi dada a conhecer no último sábado no ambito da comemoração do dia mundial de luta contra a Tuberculose, pela gerente administrativa da Odebrecht Internacional, Fernanda Reis, que esclareceu que o objectivo desta iniciativa visa ampliar e incentivar esforços para conseguir sustentação da luta contra a tuberculose, mobilizando todas as forças vivas da sociedade e aumentando a consciência sobre o problema.
Fernanda Reis afirmou que o programa de combate a tuberculose vai envolver para além de funcionários afectos na construção do aeroporto a população em geral do distrito de Nacala, e ainda aqueles que estejam a viver nos distritos mais próximos daquela zona económica especial. Segundo a fonte o programa vai basear-se no diagnostico, tratamento e assistência médica por forma a garantir cura completa das pessoas afectadas.
A gerente da Odebrecht acrescentou que que neste programa de combate a tuberculose vão ser ser formados técnicos auxiliares que estão em apoio aos técnicos de saúde, mas a trabalhar nas comunidades a identificar e diagnosticar pessoas nas suas residências para posterior tratamento da doença para além de tosse.
Nesta primeira fase, a nossa entrevistada referiu, vão ser assistidas pouco mais de cinco mil pessoas entre crianças, jovens, adultos e idosos sem descartar os funcionários da instituição pois o objectivo da empresa é erradicar a doença e tornar o distrito de Nacala livre da tuberculose.
Fernanda Reis garantiu que estão na agenda do mesmo programa o tratamento do HIV/Sida e da malária, sendo que já foram identificadas três comunidades consideradas piloto para o início das actividades. “Escolhemos a tuberculose porque tem grande índice de mortalidade em Moçambique e porque o governo considera a doença de emergência e não sabemos porque as pessos morrem sendo uma doença curavel” acrescentando que a iniciativa conta com a parceria da Associação dos Jovens e da Direcção distrital da Saúde Mulher e Acção Social de Nacala-Porto.
Entretanto a médica e coordenadora do programa de combate a tuberculose da Odebrecht, Solange Pires, disse que a visão é reforçar o envolvimento comunitário através de voluntários para difundir mensagens sobre a tuberculose; assegurar que o tratamento seja iniciado atempadamente e seja continuo durante os seis meses até a cura; implementação de um plano de acção em parceria com o Sistema Nacional de Saúde e ONG’s; criação de materiais de campanha; realização palestras educativas; entre outras actividades no sentido de garantir a cura das pessoas com problemas com a doença.
Falando no mesmo evento, o Director de Saúde Mulher e Acção Social de Nacala-Porto, Manuel Eduardo, avançou que o distrito de Nacala tem vindo a registar o aumento de casos de tuberculose, o que está a preocupar ao governo moçambicano.