O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, homenageou nesta quinta-feira os pioneiros da defesa dos direitos civis dos negros, por ocasião do centenário de sua principal organização, mas estimou que uma “nova mentalidade” é necessária para uma América pós-racial.
Obama lembrou que a principal organização de afro-americanos (NAACP) foi fundada quando a segregação racial “era um modo de vida e quando os linchamentos (de negros) eram muito comuns”. O presidente americano, filho de um negro queniano com uma americana branca, homenageou os heróis da luta pelos direitos civis, como W.E.B. Du Bois e Martin Luther King.
Obama destacou os progressos na luta pelos direitos dos negros nos últimos 100 anos, mas estimou que ainda há “muitas barreiras” a superar. Evocando os custos exorbitantes da Saúde, o presidente destacou que cada vez mais negros americanos têm “mais riscos de sofrer doenças e menos chances de obter uma cobertura médica”. Os jovens negros têm “cinco vezes mais risco que os jovens brancos de parar em uma prisão”, e o vírus da SIDA atinge a comunidade afro-americana com uma “força desproporcional”.
O presidente advertiu que “os programas do governo não são suficientes” para levar estes jovens “à Terra Prometida” e defendeu a adoção de “uma nova mentalidade, novas atitudes diante de uma das heranças mais destruidoras e mais duráveis da discriminação…”.