Barack Obama, o presidente dos Estados Unidos da América, estimulou os africanos neste domingo a rebelarem-se contra “o cancro da corrupção” para ultrapassar um obstáculo que impediu o desenvolvimento do continente.
“Em África há muitos países que sofrem este problema, e tolera-se porque sempre esteve por aí”, disse Obama em discurso pronunciado num abarrotado ginásio polidesportivo da capital do Quénia.
Segundo o presidente norte-americano, “será preciso tomar decisões difíceis, mas o progresso requer que se enfrente os cantos mais obscuros do passado”, razão pela qual líderes políticos, sociedade civil e cidadãos deverão trabalhar juntos para reverter esta situação.
A luta contra a corrupção só será efetiva se houver “leis duras”, mas também “um povo que se levante e diga basta”, ressaltou. Apesar dos evidentes problemas que padece este país por causa da corrupção, Obama louvou o governo queniano por suas iniciativas para combatê-la, como o recente relatório no qual apontava políticos de alto escalão que tinham casos pendentes de investigação.
Após uma reunião com a sociedade civil queniana, Obama terminará uma visita oficial de dois dias ao Quénia, a terra natal de seu pai, na qual inaugurou a sexta edição da Cimeira Global de Empreendedores e reuniu-se com o presidente do país, Uhuru Kenyatta, para negociar acordos bilaterais e de segurança.
Obama partirá neste domingo mesmo à vizinha Etiópia, outro aliado-chave do Ocidente em matéria de segurança, mas muito questionado internacionalmente no âmbito dos direitos humanos, para se reunir com líderes locais e da União africana, onde pronunciará um discurso na próxima terça-feira.