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Obama oferece à África apoio redobrado dos EUA contra o terror

O presidente Obama declarou que os Estados Unidos redobrarão a cooperação com Uganda e outros membros da União Africana contra o grupo terrorista somali Al Shabaab para tentar garantir que esses terroristas e outras organizações semelhantes “não consigam matar africanos impunemente”.

Falando para a Corporação de Radiodifusão Sul-Africana na Casa Branca em 13 de Julho, Obama informou que transmitiu ao presidente ugandês, Yoweri Museveni, as condolências do povo americano pelos atentados de 11 de Julho, que mataram mais de 70 pessoas reunidas em diversos pontos de Kampala para assistir à final da Copa do Mundo. Obama também disse a Museveni que os Estados Unidos apoiarão uma investigação minuciosa dos atentados, que foram reivindicados pela Al Shabaab.

Obama considerou “trágico e irónico” os atentados terem ocorrido durante a realização da Copa do Mundo na África do Sul, que havia oferecido uma “óptima vitrina … para a África como um todo” ao refutar estereótipos negativos da capacidade africana e ao demonstrar que “quando lhe dão oportunidade, a África é um continente repleto de líderes, empreendedores e governos que podem agir com eficiência”. “De um lado, temos a visão de uma África em progresso, uma África unificada, uma África que está se modernizando e criando oportunidades; e, do outro, uma visão da Al Qaeda e da Al Shabaab que representa destruição e morte”, disse Obama.

“Acho que isso mostra um contraste muito claro em termos do futuro que a maioria dos africanos quer para si e para seus filhos.” A comunidade internacional precisa “apoiar os que querem construir, em vez de destruir”, declarou. Para ele, enquanto o governo federal de transição da Somália continua tentando se estabelecer, as forças de manutenção da paz da União Africana devem trabalhar com as autoridades somalis para “tentar estabilizar a situação e começar a colocar o país em um caminho que proporcione oportunidades para as pessoas, em vez de criar terreno fértil para o terrorismo” que poderá exportar mais violência para fora das fronteiras da Somália se a Al Shabaab conseguir maior controle no país.

Segundo Obama, as declarações das organizações terroristas mostram que “elas não consideram a vida na África tão valiosa em si e por si só. Elas vêem o continente como um lugar possível para empreender batalhas ideológicas que matam inocentes sem levar em conta as consequências no longo prazo de seus ganhos tácticos de curto prazo”. Por esse motivo, declarou, é importante que a comunidade internacional, ao mesmo tempo que enfrenta militarmente a Al Shabaab e outros extremistas violentos, promova também desenvolvimento, empreendedorismo, democracia e liberdades humanas e aproveite os exemplos de países como a África do Sul, que “estão tentando avançar na direcção correcta” e capacitar seus cidadãos para melhorar de vida.

“Esperamos que os Estados Unidos possam ser um parceiro eficaz nesse esforço”, disse o presidente. Obama se referiu a seu discurso de Julho de 2009 em Gana, onde disse que os Estados Unidos podem fazer parceria com nações africanas, “mas, em última análise, quando se tratar das questões de eliminar a corrupção, garantir transições tranquilas de governos democráticos, certificar que as empresas consigam se desenvolver e prosperar e que os mercados estejam trabalhando para o menor dos pequenos agricultores e não apenas para as pessoas bem relacionadas — essas são questões nas quais os africanos podem trabalhar juntos”.

Os Estados Unidos querem fornecer recursos à África, mas querem fazer parceria com as nações africanas “que estiverem interessadas em aumentar sua própria capacidade com o tempo, sem depender a longo prazo da ajuda externa”, disse o presidente. Obama disse que o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela abriu o caminho para entender “os padrões de liderança que são necessários” no continente e manifestou confiança de que esses padrões podem ser atingidos. Mandela “não é apenas um tesouro nacional” para a África do Sul, “mas um tesouro mundial”, afirmou.

“Somos constantemente lembrados de seu legado de considerar todas as pessoas importantes e de não fazer distinções de raça ou classe, mas no quanto são pessoas de carácter, isso é uma boa directriz para todos nós sobre como os líderes devem agir”, declarou Obama.

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