O presidente Barack Obama e o colega russo, Dimitri Medvedev, assinaram nessa segunda-feira um acordo prévio sobre a redução de seus arsenais nucleares estratégicos e decidiram que os Estados Unidos e a Rússia retomarão sua cooperação militar.
Obama e Medvedev concordaram em reduzir a entre 1.500 e 1.675 o número de ogivas nucleares e a entre 5.00 e 1.000 o número de vetores nucleares (mísseis internacionais, embarcados em submarinos e bombardeiros estratégicos) de ambos países. Estas reduções devem acontecer nos sete anos seguintes à entrada em vigor do acordo.
Com base neste acordo prévio, os negociadores russos e americanos continuarão com suas conversações para tentar concluir um novo tratado que substitua o histórico tratado START, que expira em dezembro. Os presidentes também assinaram outro documento sobre o Afeganistão, iniciando assim o caminho da reconciliação depois da era Bush-Putin.
“Esperamos fechar uma série de páginas difíceis na história das relações russo-americanas e abrir novas”, declarou Medvedev ao receber no Kremlin o colega americano. “Se trabalharmos duro nos próximos dias, então realizaremos progressos extraordinários que beneficiarão as pessoas em ambos países”, respondeu Obama. “Em toda uma série de assuntos, Estados Unidos e Rússia têm mais em comum que divergências”, completou.
Medevedev deixou o ambiente mais relaxado ao fazer piada sobre o tempo ruim, que estimularia os governantes a passar mais tempo dentro do Kremlin e prolongar as conversações, enquanto Obama recordou as temperaturas de 80 graus Fahrenheit (25 graus Celsius) durante sua última visita a Moscou, antes de ser presidente. Obama desembarcou na capital russa acompanhado pela primeira-dama Michelle e as duas filhas, Sasha e Malia.
O presidente americano seguiu para o centro de Moscou para participar em uma rápida cerimônia diante do túmulo do soldado desconhecido, que fica em frente ao Kremlin. À noite eles jantarão na residência do presidente russo em Gorki, na região de Moscou, ao lado das esposas, Svetlana Medvedeva e Michelle Obama. Durante a visita eles devem anunciar progressos nas negociações sobre um tratado que substituirá o histórico Tratado Estratégico de Redução de Armas, (START), assinado em 1991, sobre a limitação dos arsenais nucleares das duas potências, que expira em dezembro.
Também se espera um acordo que permita o trânsito de material militar para o Afeganistão pelo território russo. Ambos mencionam a necessidade reiniciar as relações deterioradas durante a presidência de George W. Bush por uma série de disputas que culminaram com a guerra de agosto de 2008 entre Rússia e Geórgia.
No entanto, a visita de Obama, que inclui encontros com figuras da oposição e um discurso em uma universidade, também terá pontos de divergência.