O número de mortos no forte terremoto que atingiu a costa da Guatemala, Quarta-feira (7), subiu para 52, enquanto os agentes continuavam as buscas por vários desaparecidos no noroeste do país, a região mais afectada e onde milhares de moradias foram danificadas.
O epicentro do terremoto, de magnitude 7,4 e o pior em 36 anos na Guatemala, foi no mar, 24 quilómetros a sudoeste da cidade portuária de Champerico, segundo os dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos.
A maioria das mortes aconteceu por causa de desabamentos nos Estados de San Marcos e Quetzaltenango, uma região montanhosa na fronteira com o México.
O terremoto fechou estradas e complicou os esforços de resgate às vítimas. “Esperamos tristemente que esse número vai continuar a aumentar”, disse o presidente Otto Pérez Molina em entrevista colectiva, acrescentando que 22 pessoas ainda estavam desaparecidas e que 2.263 moradias tiveram diferentes níveis de danos.
O tremor também foi sentido no país vizinho El Salvador e no populoso México, onde houve esvaziamento de edifícios, mas sem registo de danos ou vítimas.
Em San Cristobal Cucho, uma cidade de San Marcos, 10 pessoas de uma mesma família morreram soterradas por escombros, disse o bombeiro voluntário Ovidio Fuentes à rádio local.
O único sobrevivente foi um adolescente de 17 anos. O terremoto da Quarta-feira foi o pior sofrido pela Guatemala desde 1976, quando um tremor de magnitude 7,5 causou a morte de cerca de 20 mil pessoas.