O número de mortes em Kerala, Estado no sul da Índia, subiu para quase 400 pessoas nesta segunda-feira após sua pior enchente em um século, à medida que autoridades distribuíam remédios e desinfetantes para impedir a transmissão de doenças para as milhares de pessoas abrigadas em campos de auxílio humanitário.
Dezenas de pessoas estão desaparecidas e 1,2 milhão estão abrigadas nos campos, disseram autoridades do Estado, agora que a água recuou e um grande esforço de limpeza ganhou ritmo.
“O número de mortes subiu para 373”, disse um funcionário da agência de gestão de desastres do Estado à Reuters. Kerala recebeu um volume de chuvas 40 por cento acima do normal para a estação de monções, que vai de Junho a Setembro.
As chuvas torrenciais dos últimos 10 dias obrigaram autoridades a liberar a água de dezenas de represas perigosamente cheias. O governo indiano classificou as enchentes como uma “calamidade de natureza severa”.
Kerala declarou a tragédia como um desastre nacional —denominação que, se aceita pelo governo federal, deve proporcionar mais fundos para o socorro e para os esforços de reconstrução. Mas, sem uma referência para tal declaração a tarefa pode ser difícil, disseram autoridades estaduais envolvidas na gestão de desastres.
O ministro-chefe de Kerala, Pinarayi Vijayan, qualificou a enchente como uma das piores da história da Índia, deslocando mais de meio milhão de pessoas.