Cerca de dois milhões de contas bancárias constituem o número actual de contas de particulares abertas até Setembro de 2011, no sistema bancário moçambicano, representando um incremento em 17%, face às de igual período de 2010.
Daquele universo, 95,5% são contas em moeda nacional, o Metical, e 4,5% em moeda estrangeira, segundo o Banco de Moçambique (BM), esclarecendo que os meios de pagamento alternativo ao numerário no país são constituídos por compensação electrónica composta por cheques e ordens de transferência, banda electrónica em forma de caixas de pagamento automáticas (ATM) e máquinas dos pontos de venda (POS).
O último meio de pagamentos alternativos é o sistema electrónico de transferência de fundos do Estado. Entretanto, está a registar-se, no período em análise, aumento de 14% no volume e de 29% no valor de compensação de cheques, prevalecendo como dominante a componente da compensação electrónica, ao representar 86,6% e 70,1% das transferências efectuadas por este meio de pagamento aternativo.
Por outro lado, o BM indica ter também se registado incremento do volume e do valor das ordens de transferência igualmente na compensação electrónica em 38% e 30% em termos anuais, respectivamente, apesar de continuar a representar apenas 11,4% e 29,4% das transacções efectuadas por via da compensação electrónica.
Contrariamente a esta situação, houve redução, em termos anuais, no volume de transacções efectuadas por via das ATM em 67% e aumento de 30% em termos dos valores via cartão de débitos e ainda redução do volume e do valor das transacções efectuadas por via das ATM com recurso a cartões de crédito em 29% e 41%, respectivamente.
O BM indica, por outro lado, que quanto à estrutura, em termos de volume, as operações com cartões de crédito e de débito representaram 52% dos movimentos feitos por via de meios alternativos a cheques até Setembro de 2011, seguidas pelas transacções envolvendo cheques com uma participação de 34,1%.
Em termos de valores, as operações com cheques foram responsáveis por 45,3% dos pagamentos feitos com recurso a notas e moedas físicas, seguidas pelas operações do Estado com peso de 19,5% e as ordens de transferência com 19,3%.